Jovens visitam acampamento Indígena em Ponta Grossa.

Ponta Grossa recebeu nas últimas semanas visitantes especiais. Uns grupos de Índios vindos das proximidades do município de Cândido de Abreu ficaram por vários dias alojados próximos a Rodoviária da cidade, há pouco mais de uma semana a Prefeitura cedeu um terreno na Rua Visconde de Nácar (Fundos do Hotel Vila Velha), para que as famílias pudessem se alojar. Recebemos várias informações sobre as condições precárias que se encontram e, portanto alguns integrantes da JPS estiveram visitando o local. Durante a visita conversamos com Maria Aroca (espécie de Matriarca do grupo) que nos mostrou um pouco das condições em que estavam, apenas protegidos por plásticos pretos, pretendem fazer do local sua moradia temporária. Segundo a Senhora Maria estão ali por falta de recursos, trouxeram seus artesanatos, cestos, porta frutas e outros para comercializarem, acumularem recursos e voltarem pra suas terras.
Pudemos verificar que realmente as condições são difíceis, não possuíam nem local específico para suas necessidades fisiológicas. Na última sexta-feira a Coordenadora geral da Jps entrou em contato com Secretário de Meio ambiente Laertes Bianchesi para conversar sobre o assunto, o Secretário atenciosamente respondeu as dúvidas e sugeriu ainda um contato com o Departamento da secretaria de assistência social do município, o qual também entramos em contato.
Membros da Juventude Popular estiveram novamente no local no sábado e para nosso contentamento a Prefeitura enviou funcionários para que providenciasse a construção de um local para utilizar como banheiro, e também será instalado um chuveiro.
As famílias estão se alimentando apenas de feijão. Os cestos estão sendo vendidos por preços que variam de 10 a 15 reais. O acampamento conta com 8 crianças entre bebês e maiores com até 11 anos. O grupo da JPS esteve mais uma vez no local e distribuíram diversas cartilhas e lápis coloridos para as crianças se distraírem, pois não estão na escola e não há nenhuma atividade para os mesmos.
Notamos que a escassez de alimentos e cobertas são grandes, nos preocupa a situação deles em dias chuvosos e frios como ontem a noite.
Se você que esta lendo e pode contribuir de alguma forma entre em contato conosco via email (ou na Rádio Central do Paraná, na rua XV), se mora em Ponta Grossa faça uma visita a este grupo de índios também levando doações.
(Agradecimentos: Luciane Pallú.)

Vídeo da visita aos índios.

Patrícia Ecave e Eliza Lima estiveram no acampamento visitando as famílias e crianças.

JPS em visita ao Mini-presídio Hildebrando em Ponta Grossa.

O Mini-presídio Hildebrando de Souza vem recebendo atenção especial da mídia nos últimos dias por conta das condições em que se encontra de superlotação. Diante dos fatos a JPS resolveu visitar o local e conversar com responsáveis para avaliar de que forma poderia contribuir. A Coordenadora Patrícia Ecave e o Primeiro Vice-coordenador Vitor Hugo, estiveram na última quarta-feira conversando com o Chefe de Custódia Jorge Teixeira sobre a situação do mini-presídio. Como informamos anteriormente, a capacidade é para 172 pessoas e a população carcerária atual é de 350, número expressivo e ultrapassado trazendo riscos tanto a funcionários, familiares como aos próprios presos. Além disso, outro dado observado pelos representantes da JPS foi a questão do atendimento médico. Segundo Jorge Teixeira todos os dias são realizadas escoltas para levar em média 10 a 12 presos aos hospitais para atendimento dos mais variados problemas de saúde, sendo outro fator de risco. Atualmente os presos não desenvolvem nenhuma atividade técnica profissional, nenhuma iniciativa que busque a reeducação para a reintegração na sociedade. Em conversa com um dos internos que cumpre pena a um ano e seis meses, constatou-se a importância de existir cursos, ou algum tipo de trabalho que mantenha os internos ocupados e produtivos. Realmente as condições são lamentáveis.
O grupo solicitou um horário para próxima segunda-feira com representantes da Secretaria de Saúde do município para verificar as possibilidades da disponibilidade de um profissional da saúde que faça acompanhamento de no mínimo duas a três vezes por semana de casos simples. A JPS vai estudar ainda outras formas que possam contribuir com a situação dos presos. Além da secretaria da saúde o grupo vai ao encontro de instituições de ensino que tenham o curso de enfermagem na busca de parceria com estagiários do setor.
Os integrantes da JPS Ponta Grossa entendem que cada detento apresenta uma situação diferente, uma pena a ser cumprida, tanto pode ser um como quinze anos, independente disso são pessoas que retornam a sociedade, precisam de atendimento conscientização e o cumprimento de seus direitos humanos assegurados pela constituição, portanto defendemos a importância da reeducação, do trabalho psicológico e profissional para que retornem a sociedade como bons cidadãos. Conversamos com várias autoridade no assunto em Ponta Grossa, como Presidente do Conselho Municipal de Segurança Douglas Taques Fonseca que defende o tratamento digno aos detentos, o Promotor de Justiça Fuad Faraj entende que este atual local deve ser demolido e o governo deve cumprir com sua parte, o Delegado João Manoel também defende o trabalho de condições descentes para retorno a sociedade, o Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Ponta Grossa Henrique Henneberg, defende a privatização como solução. Observamos bons exemplos a serem avaliados no Paraná como o presídio em Guarapuva e em Casacavel, são privatizados e modelos nacionais.

(Convidamos para postar comentários ou envie sua sugestão e participe conosco na busca de alternativas para amenizar a situação.)

Agradecimentos: Cliciane Garczerek

Debate sobre situação do Mini-Presídio Hildebrando de Souza.

Na última quarta-feira (26) o Grupo de Jovens do PPS se reuniu para debater sobre política e melhorias em sua comunidade, além de discutir questões referentes aos pré-candidatos. De acordo com a coordenadora do JPS, Patrícia Ecave, o partido tem realizado cursos de formação política, no qual são tratados temas como: saúde, educação, transporte, habitação, meio ambiente entre outros. “O objetivo é contribuir para consciência crítica, responsabilidade e compromisso do eleito para com a sociedade”, explicou.
O vice-coordenador, Iran Taques, salientou que o grupo estará participando ativamente nas discussões que envolvem problemas graves da sociedade, buscando alternativas para cada questão.
O grupo realizou investigações no sistema carcerário do município, realizaram visita ao mini-presídio Hildebrando de Souza e constataram as precárias condições em que se encontra o local, a capacidade é de 172 presos, mas estão encarceradas atualmente 350 pessoas. Portanto para este encontro os Jovens convidaram o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Dr.Marcos Luciano de Araújo. Durante a reunião ele forneceu informações, que foram debatidas pelo grupo, em especial, o tratamento dispensado aos presos. Aliás, a Comissão de Direitos Humanos da Oab (Ponta Grossa) realizou na Região de Campos Gerais um trabalho de três meses, onde foram constatadas as condições de higiene dos presídios, que segundo ele se encontravam em péssimo estado. Marcos defendeu a adoção de políticas públicas de inserção dos presos no mercado de trabalho.
Ao final da reunião, o grupo definiu algumas metas para melhorias nesta área, entre elas, a de firmar contato com as autoridades, inclusive o deputado Marcelo Rangel, no sentido que sejam adotadas políticas públicas mais eficazes para a melhoria das condições dos presídios. Além disso, os jovens da JPS deverão entrar em contato com a Secretaria de Saúde do município a fim de contribuir na questão do atendimento médico no Presídio Hildebrando de Souza. Na próxima semana o grupo já esta agendando visitas em instituições de ensino da cidade que tenham o curso de enfermagem para verificar possibilidade de parceria em relação a estágios no setor.
(Agradecimentos texto e imagem: J.Aldinam, Flávia Prazeres e Luiz Castilho.)