domingo, 30 de março de 2008

JPS em visita ao Mini-presídio Hildebrando em Ponta Grossa.

O Mini-presídio Hildebrando de Souza vem recebendo atenção especial da mídia nos últimos dias por conta das condições em que se encontra de superlotação. Diante dos fatos a JPS resolveu visitar o local e conversar com responsáveis para avaliar de que forma poderia contribuir. A Coordenadora Patrícia Ecave e o Primeiro Vice-coordenador Vitor Hugo, estiveram na última quarta-feira conversando com o Chefe de Custódia Jorge Teixeira sobre a situação do mini-presídio. Como informamos anteriormente, a capacidade é para 172 pessoas e a população carcerária atual é de 350, número expressivo e ultrapassado trazendo riscos tanto a funcionários, familiares como aos próprios presos. Além disso, outro dado observado pelos representantes da JPS foi a questão do atendimento médico. Segundo Jorge Teixeira todos os dias são realizadas escoltas para levar em média 10 a 12 presos aos hospitais para atendimento dos mais variados problemas de saúde, sendo outro fator de risco. Atualmente os presos não desenvolvem nenhuma atividade técnica profissional, nenhuma iniciativa que busque a reeducação para a reintegração na sociedade. Em conversa com um dos internos que cumpre pena a um ano e seis meses, constatou-se a importância de existir cursos, ou algum tipo de trabalho que mantenha os internos ocupados e produtivos. Realmente as condições são lamentáveis.
O grupo solicitou um horário para próxima segunda-feira com representantes da Secretaria de Saúde do município para verificar as possibilidades da disponibilidade de um profissional da saúde que faça acompanhamento de no mínimo duas a três vezes por semana de casos simples. A JPS vai estudar ainda outras formas que possam contribuir com a situação dos presos. Além da secretaria da saúde o grupo vai ao encontro de instituições de ensino que tenham o curso de enfermagem na busca de parceria com estagiários do setor.
Os integrantes da JPS Ponta Grossa entendem que cada detento apresenta uma situação diferente, uma pena a ser cumprida, tanto pode ser um como quinze anos, independente disso são pessoas que retornam a sociedade, precisam de atendimento conscientização e o cumprimento de seus direitos humanos assegurados pela constituição, portanto defendemos a importância da reeducação, do trabalho psicológico e profissional para que retornem a sociedade como bons cidadãos. Conversamos com várias autoridade no assunto em Ponta Grossa, como Presidente do Conselho Municipal de Segurança Douglas Taques Fonseca que defende o tratamento digno aos detentos, o Promotor de Justiça Fuad Faraj entende que este atual local deve ser demolido e o governo deve cumprir com sua parte, o Delegado João Manoel também defende o trabalho de condições descentes para retorno a sociedade, o Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Ponta Grossa Henrique Henneberg, defende a privatização como solução. Observamos bons exemplos a serem avaliados no Paraná como o presídio em Guarapuva e em Casacavel, são privatizados e modelos nacionais.

(Convidamos para postar comentários ou envie sua sugestão e participe conosco na busca de alternativas para amenizar a situação.)
Agradecimentos: Cliciane Garczerek

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